Integridade nos negócios e Devida Diligência em Direitos Humanos na Índia

No Dia dos Direitos Humanos, a Alliance for Integrity India organizou uma rodada de discussão sobre Integridade nos Negócios e Devida Diligência em Direitos Humanos. Recentemente, houve uma mudança na visão legislativa global sobre a promoção dos direitos humanos na devida diligência da cadeia de fornecedores. Enquanto alguns países da Europa já adotam esta legislação ou estão em vias de, a União Europeia tem a resolução pendente. Esta mudança impactaria, eventualmente, pequenas e medias empresa na Índia, a qual faz parte, ou pretende fazer, da cadeia global de fornecedores.

A Alliance for Integrity realizou essa rodada de debate com parceiros-chave, para discutir como podemos, juntos, ajudar PMEs a criarem capacidades e explorar sinergias. As organizações que fizeram parte da rodada de debates foram a Coca-cola, a Organização Internacional do Trabalho (ILO), a World Benchmarking Alliance, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento India (PNUD), a Câmara de Comércio Índia-Alemanha, a Accenture, a Business Scouts India e a Responsible MICA Initiative.

Susanne Friedrich, Diretora da Alliance for Integrity, abriu as discussões com uma introdução à iniciativa, seu desenvolvimento no decorrer dos anos, missão e força-motora. Durante a sessão, o PNUD India, a Cola-cola e a IGCC-Amfori-Business Scouts desenvolveram um módulo de treinamento para a criação de conscientização sobre a nova lei alemã de cadeia de fornecimento.

A apresentação foi seguida de uma chuva de ideias em salas separadas, para discutir as oportunidades e desafios enfrentados por pequenas e medias empresas (PMEs) e suas associações, com a necessidade global de trabalhar mais em devida diligência em direitos humanos. Os participantes também discutiram o potencial da ação coletiva e seus interesses em expandir a colaboração com governos e multinacionais, assim como com os fornecedores e organizações da sociedade civil que enfrentam violações de direitos humanos. Eles expressaram interesse em trabalhar com o governo para conduzir a tradução do Plano de Ação Nacional, na versão final de um guia.

As organizações propuseram várias ações para consideração, entretanto essas não foram definidas, mas forneceram um ponto de partida para o fórum. Concordaram em realizar tais discussões periodicamente, já que ideias concretas ajudariam a evitar assuntos nebulosos e ajudariam a impulsionar a convergência. Nas próximas reuniões, as organizações participantes irão discutir sobre setores considerados de alto risco de exposição a violações dos direitos humanos e análises de avaliação de risco. Como seguimento, serão realizadas sessões individuais em um formato mais leve para partilhar experiências e contribuir para a preparação de uma lista de opções.

Autora: Seema Choudhary